Quais são as limitações de cada tipo de fone de ouvido

Além dos diversos tipos de fones que existem, como in-ears, earbuds, on-ears e over-ears, existem também as limitações de cada tipo de fone de ouvido. Que podem fazer com que você prefira um determinado tipo de fone a outro. Pensando nisso, neste post vou te mostrar as principais limitações de cada tipo de fone de ouvido.

Vale dizer que são apenas as limitações sonoras, afinal, se fossemos falar absolutamente todas as limitações, o post ficaria excessivamente extenso.

Tipos de fone de ouvido

Mas, antes de falar das limitações, é importante que você conheça os diferentes tipos de fones que existem, são eles:

  1. Earphones: fones menores, que ficam encaixados na parte interna da orelha, vedando parcialmente (earbuds) ou totalmente o canal auditivo (in-ears).
  2. Headphones: fones maiores, que cobrem parcialmente (on-ears) ou totalmente a orelha (over-ears).

E, entre esses dois tipos de fones, temos ainda mais algumas categorias, que são:

  • Earbuds;
  • In-ear;
  • On-ears;
  • Over-ears.

Porém, como a ideia do post é mostrar as limitações sonoras de cada um, não vou me aprofundar nas demais diferenças que existem entre eles.

Mas, recomendo que, caso você queira conhecer melhor as diferenças entre eles, dê uma lida no post sobre os principais tipos de fones. Nele eu explico detalhadamente as principais diferenças, vantagens e desvantagens de cada um:

Principais tipos de fones de ouvido

Todavia, vamos às limitações de cada tipo de fone de ouvido:

Limitações de cada tipo de fone de ouvido

Quem começa no hobby pode se decepcionar se não tiver uma noção básica das limitações de cada tipo de fone.

Isso porque, cada fone possui algum tipo de limitação, e isso está relacionado com sua construção, ao tipo de transdutor utilizado e sua finalidade.

Em outras palavras, não existe a menor possibilidade de um fone in-ear conseguir reproduzir, por exemplo, graves com o mesmo impacto e extensão que os woofers de uma caixa de som — por melhores que sejam os in-ears.

Isso porque, para uma caixa de som conseguir gerar graves com maior impacto e extensão ela precisa, necessariamente, de woofers maiores, algo que é impossível de adicionar em um fone in-ear.

Esse é um exemplo bem simples, mas que já ajuda a não se frustrar na hora de escolher um fone. Nesse sentido, confira quais são as limitações de cada tipo de fone de ouvido:

Earbuds

Começando então pelos earbuds. Que tem como maior limitação o seu encaixe, que fica apenas posicionado na orelha e, consequentemente, não veda o canal auditivo.

O que possibilita que os sons externos interfiram no som que você está ouvindo. Além de deixar que parte do som gerado “escape” do fone, justamente pela falta de isolamento passivo.

Devido a isso, o som tende a ter pouco ou nenhum grave, e uma qualidade sonora que não é das melhores. Normalmente, com um som extremamente sem graça e até um pouco estridente.

Então, se você está em busca do ápice da qualidade sonora em um earphone, definitivamente, não é em um earbud que você vai encontrar.

Contudo, é um tipo de fone que atende bem quem busca um fone para o dia a dia ou não se adapta aos in-ears.

In-ear

Indo para aos in-ears, a coisa começa a ficar muito mais interessante. Isso porque os in-ears possuem ponteiras que conseguem vedar totalmente o canal auditivo.

Diminuindo consideravelmente a interferência dos sons externos e evitando que o som “escape” dos seus ouvidos. Essa pequena diferença em relação aos earbuds já é o suficiente para melhorar absurdamente a qualidade sonora.

Porém, nem tudo são flores e, apesar de ter uma excelente qualidade sonora e bons graves, os in-ears não possuem graves tão extensos e impactantes quanto os de um fone over-ear.

Ou seja, se você é do time dos amantes de graves, pode ser que se decepcione um pouco com os graves dos fones in-ears. Obviamente, existem fones com o tuning mais voltado para os graves e subgraves, mas isso acaba ofuscando muito os médios e agudos.

Além de não ser a mesma experiência de ouvir um grave mais extenso e impactante — do tipo que se “sente” em um over-ear e, principalmente, em uma caixa de som.

On-ears

Saindo dos fones menores e indo para os maiores, temos os on-ears. Fones que cobrem parcialmente a orelha, e é justamente aí que começam suas limitações.

Isso porque, os on-ears costumam ser do mesmo tamanho ou um pouco maior que a orelha, mas sem chegar a cobri-la totalmente. O que acaba deixando a desejar na questão do isolamento, semelhante ao que acontece com os earbuds.

Ao mesmo tempo, o fato do alto-falante estar mais próximo do ouvido acaba prejudicando a espacialidade do fone, que tende a ser melhor em fones over-ears — principalmente nos fones abertos.

E, assim como no acontece com os in-ears, os on-ears não possuem graves tão extensos e impactantes quanto os de um over-ear. Ainda assim, são fones com uma boa qualidade sonora. Contudo, são fones desconfortáveis de se usar.

Over-ears

Por fim, chegamos aos over-ears e, infelizmente, não há muito a se falar deles. Isso porque, os melhores e mais sofisticados fones existentes, são justamente do tipo “over-ear” — fones que cobrem totalmente as orelhas.

Nesse sentido, existem over-ears para todos os gostos, estilos, e níveis de exigência possíveis:

  • Fones abertos, fechados, e semiabertos;
  • Com princípios de funcionamento diferentes;
  • Pouco espaciais, extremamente espaciais;
  • Todos os tipos de tuning;
  • etc.

Em outras palavras, existem fones para quem busca o que há de melhor em termos de qualidade sonora, tecnicalidades, detalhamento, espacialidade, neutralidade, etc. Dessa forma, o grande “x da questão” é conseguir identificar qual o over-ear ideal para você.

Mas, obviamente, fones over-ears também possuem suas limitações. Afinal, existem limites físicos em termos de construção, peso e tamanho que um fone over-ear pode ter.

E, por melhor que seja o transdutor utilizado em um over-ear, ainda assim existiram diferenças se compararmos com caixas de som. Principalmente no que diz respeito à extensão e impacto dos graves.

Uma analogia simples é a de ir assistir a um filme em uma boa sala de cinema, com um bom sistema de caixas de som e, posteriormente, assistir ao mesmo filme só que com um bom fone over-ear. A experiência ainda será muito boa, porém, totalmente diferente.

Significa que os fones over-ears são ruins? E a reposta é: não. Até porque, um fone over-ear é uma excelente opção, em termos de custo-benefício, para quem quer montar um sistema de som.

Uma vez que, um sistema de caixas com o mesmo nível, em termos de qualidade sonora e tecnicalidades, não sairá por menos de 3x o valor de um sistema de fones topo de linha. E quando falamos de valores ao investir em sistemas de caixas de som, o céu é o limite, literalmente.

Conclusão

Por fim, é importante dizer que, todos os tipos de fones de ouvido possuem suas limitações, principalmente físicas. Dessa forma, é impossível um earbud conseguir reproduzir sons com a mesma qualidade e tecnicalidades de um in-ear.

Da mesma forma, é impossível um in-ear conseguir reproduzir graves com o mesmo impacto e extensão de um over-ear. E, por melhor que sejam os graves de um over-ear, nunca terão o mesmo impacto e extensão de um sistema de caixas de som, e por ai vai.

Com isso, é essencial que você consiga identificar qual o tipo de equipamento te atende melhor. Seja ele um sistema de caixas de som, um sistema de fones, etc.

Bom, e esse foi o post de hoje sobre as limitações de cada tipo de fone ouvido.

Então, até o próximo post!

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2 Comentários

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  1. Olá, dito tudo isso, pra um fone de até 300 reais, qual tem a melhor qualidade sonora, e maior custo benefício, um over ear ou in ear?

    • Olá Eliezer, tudo bem?

      De longe, um in-ear. Para efeito de comparação, você precisaria, em geral, de um over-ear de aproximadamente 3x o valor do in-ear para ter a mesma qualidade sonora. Mas como falei no post, o in-ear possui suas limitações em comparação ao over-ear, principalmente na questão dos graves. Ainda assim, vale muito a pena.