É possível viver de arte no Brasil? Descubra a VERDADE

Para muitos artistas, viver de arte é considerado um sonho. Afinal, existe essa ideia (que é quase um ditado popular) que não é possível viver de arte no Brasil. Será mesmo? É exatamente isso que vou te mostrar neste post.

E para o desapontamento de muitos, sim é possível viver de arte, principalmente no Brasil. Basta ver a quantidade artistas multimilionários que existem no Brasil.

Sendo a grande maioria cantores/cantoras e atores/atrizes. Ainda assim, quando se fala de “viver de arte”, a dúvida gira em torno justamente dos “outros tipos de arte” que existem, como desenho, pintura, dança, e etc.

E sim, é totalmente possível. A grande questão é: como? O que é preciso fazer para viver de arte em um país como o brasil?

E apesar de não ser fácil, viver de arte é algo bem simples. Contudo, para isso, você não pode encarar a arte apenas pelo lado “romantizado”.

Ou seja, para você realmente conseguir viver de arte, você precisará encarar sua arte como um negócio. Sem isso, realmente é impossível viver de arte no brasil.

Transformando sua arte em um Negócio

Nesse sentido, para poder transformar sua arte em um negócio, há vários pontos a serem avaliados. Tais como:

Nível de conhecimento/habilidade: você possui um nível de conhecimento ou habilidade compatível com as demandas de mercado?

Isto é, você é um artista que domina ou que faz ou um iniciante que acabou de começar? Por mais que pareca algo simples, é uma das questões mais importantes a se levar em conta para viver de arte.

Afinal, é bem improvável que alguém “compre” o seu trabalho se você for apenas um iniciante sem base alguma daquilo que faz.

Interesse de mercado: existe interesse de mercado naquilo que você faz? Qual o tamanho desse mercado? Em outras palavras, existe demanda para aquilo que você faz?

Da mesma forma como no ponto anterior, de nada adianta você ser o melhor artista naquilo que você faz se ninguém quer comprar o que você tem para “oferecer”.

E se você insistir em vender algo que as pessoas não queiram comprar, você simplesmente vai perder dinheiro com isso. Então, faça antes de mais nada, uma pesquisa de mercado.

Timing: é o momento certo para vender sua arte?

Por mais que pareça algo bobo, se você tentar vender sua arte para o público no momento errado, ninguém vai se interessar por ela.

Um exemplo prático disso é o carro elétrico, por mais que seja algo que vem se popularizando cada vez mais, a invenção do carro elétrico é bem mais antiga.

Tendo inclusive, um modelo de carro elétrico que foi feito aqui no Brasil (o “Gurgel”). Porém, na época errada. Sendo assim, um veículo que veio a se popularizar somente décadas depois.

E nesse sentido, é essencial que você entenda o mercado em que você quer entrar e principalmente, o timing correto para iniciar.

Tirando a ideia do papel

Mesmo após confirmar que você tem o nível de conhecimento/habilidade necessária, que existe interesse de mercado e é o timing correto, ainda falta algo essencial.

Que é validar esses três pontos na prática. Ou seja, começar a mostrar sua arte e analisar os feedbacks sobre ela.

Nesse sentido, você pode começar de forma totalmente gratuito e depois desenvolver um MVP (produto mínimo viável).

Afinal, se ninguém se interessar pela sua arte de forma gratuita, dificilmente vão se interessar por ela de forma “paga”. Então, faça no primeiro momento, uma validação gratuita.

Contudo, isso não significa que é para você trabalhar de graça. Apenas para validar o interesse do público pela sua arte. E isso, pode ser feita de forma muito simples por meio das redes sociais.

Para isso, identifique as redes sociais que seu público-alvo mais utiliza e comece a produzir alguns conteúdos gratuitos. Seja mostrando sua arte ou mesmo explicando sobre ela (algumas etapas do processo e etc).

Com isso, você já consegue ter uma noção se o publico tem um real interesse pela sua arte e se está disposto a pagar por ela.

Sendo que muita das vezes, o interesse do publico não é necessariamente comprar a sua arte, mas sim, aprender a fazê-la (como no caso de algum tipo de dança).

De qualquer forma, se o seu publico estiver disposto a pagar por ela (seja diretamente, por meio de um curso, uma mentoria e etc), é hora de desenvolver seu MVP (produto mínimo viável, em português).

Desenvolvendo seu MVP

O MVP (produto mínimo viável ou produto minimamente viável) é a validação prática do seu produto (seja sua arte, curso, mentoria e etc) com o publico que em interesse em consumi-lo de forma paga.

Ou seja, é o teste se eles vão efetivamente comprar seu produto ou não. E nesse sentido, a ideia do MVP é justamente economizar tempo e dinheiro. Um livro que aborda de forma mais aprofundada o conceito de MVP é o livro “A Startup Enxuta“:

Será que é possível viver de arte no brasil?
Livro: “A Sturtup Enxuta” – Foto: Reprodução

Melhor Preço

Isso porque, o MVP é conceitualmente, uma forma de entregar uma versão mais simples e enxuta do seu produto (independente de qual seja).

Porém, gastando o mínimo de recursos possíveis (tempo e dinheiro) para isso. Assim, você evita de gastar rios de dinheiro e ainda assim, ter prejuízos com sua arte.

Exemplo prático de MVP

Para exemplificar, imagine que você seja um pintor e identificou uma oportunidade de criar um curso de pintura em tela no seu estilo/técnica.

Você tem basicamente duas opções para criar o seu curso:

  1. Produto completo: Investir (financeiramente) para criar a melhor plataforma de aulas possível, comprar/alugar os melhores equipamentos de gravação e consequentemente gravar todo o seu curso e em seguida, disponibilizá-lo para os alunos/compradores.
  2. MVP: Usar os materiais/equipamentos que você tem a disposição para gravar algumas aulas (por exemplo, as cinco primeiras aulas) e então disponibilizá-lo para os alunos/compradores em uma plataforma gratuita para cursos.

Independente de qual das duas opções você escolha, é importante dizer que sempre podemos ter resultados bons, medianos e ruins em nossos empreendimentos. Então, vamos considerar os três cenários (o bom, o mediano e o ruim):

  1. Bom: muitos alunos compraram seu curso, gerando assim, um resultado positivo para a continuidade do mesmo.
  2. Mediano: menos alunos do que você imaginava compraram seu curso, gerando assim, um resultado positivo, mas bem abaixo do esperado.
  3. Ruim: poucos ou nenhum aluno comprou seu curso, gerando assim, um resultado negativo (prejuízo).

Colocando em números

Para facilitar, vamos colocar isso em números…

Produto completo

Digamos que você investiu 20 mil reais criando o “produto completo”.

No cenário bom, o seu curso teve uma boa aceitação e você conseguiu recuperar o valor investido. Ficando assim, com um lucro total de 50 mil reais.

No cenário mediano, o seu curso teve uma aceitação razoável e você conseguiu recuperar o valor investido. Ficando assim, com um lucro total de 10 mil reais.

No cenário ruim, o seu curso teve uma péssima aceitação e você não conseguiu recuperar nem mesmo o valor investindo. Ficando assim, com um prejuízo de 17,5 mil reais.

MVP

Já no caso do MVP, vamos considerar que você investiu mil reais criando o seu curso.

No cenário bom, o seu curso teve uma boa aceitação e você conseguiu recuperar o valor investido. Ficando assim, com um lucro total de 50 mil reais.

No cenário mediano, o seu curso teve uma aceitação razoável e você conseguiu recuperar o valor investido. Ficando assim, com um lucro total de 5 mil reais.

No cenário ruim, o seu curso teve uma péssima aceitação e você não conseguiu recuperar nem mesmo o valor investindo. Ficando assim, com um prejuízo de 500 reais.

Conseguiu ver a diferença e a importância do MVP? Se você errar criando o “produto completo” você pode ter um prejuízo muito alto. Já no caso do MVP o prejuízo (se houver) é consideravelmente menor.

Analisando os resultados

Independente do resultado que você teve, é essencial analisar esse resultado e identificar o que pode ser melhorado. Então, vamos considerar novamente os três cenários anteriores:

Cenário bom: se você teve um bom resultado em seu empreendimento, é hora de começar a investir em melhorias. Isto é, comprar equipamentos melhores, ferramentas melhores, materiais melhores, uma plataforma melhor.

Em outras palavras, tudo que possa melhor ainda mais a qualidade do seu produto (independente qual seja). E no caso de um produto que ainda está em desenvolvimento, o foco deve estar em terminar o desenvolvimento dele.

Cenário mediano: no caso de um resultado mediano, avalie com seus clientes o que pode ser melhorado no seu produto. Peça um feedback a eles e coloque em prática todas as oportunidades identificadas.

E claro, no caso de um produto ainda em desenvolvimento, um resultado mediano (por mais que não seja o melhor cenário) ainda é um resultado positivo. Ou seja, é um “sinal verde” para você continuar desenvolvendo seu produto.

Cenário ruim: o caso de um resultado ruim, o mercado não conseguiu ver valor suficiente nele. E nesse sentido, você tem duas opções: refazer seu MVP ou desistir dele.

Considerações Finais – Viver de arte

Apesar do exemplo citado ser o de um “curso”, a lógica serve para qualquer outro formato ou tipo de produto. E claro, faça as adaptações necessárias de acordo com seu tipo de arte ou produto.

Por fim, mas não menos importante, deixo a recomendação de um livro excelente para você que quer começar a viver de sua arte de forma eficiente e lucrativa. Que é o livro “A Startup Enxuta”:

Será que é possível viver de arte no brasil?
Livro: “A Sturtup Enxuta” – Foto: Reprodução

Melhor Preço

O livro, é um verdadeiro guia para todos que buscam empreender com poucos recursos. E o melhor, pode ser adaptado para todo e qualquer tipo de negócio/empresa.

E bom, agora você já sabe que é possível viver de arte, mesmo em um país altamente burocrático como o Brasil.

Então, até o próximo post.

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