Mesmo com a popularização da educação financeira, muitos ainda desconhecem o tema. O resultado disso? Recorde de endividados. Pensando nisso, neste post vou explicar o que é reserva de emergência e a importância de ter uma.
O que é reserva de emergência
Reserva de emergência, nada mais é do que uma reserva financeira para momentos de extrema necessidade, como:
- Perder o emprego;
- Seu carro/moto quebrar;
- Furar um cano na parede/chão;
- Despesas médicas, hospitalares, odontológicas, etc.
Momentos em que, normalmente, se recorreria ao cartão de crédito, empréstimos, cheque especial, etc. Fazendo assim, com que você tenha que pagar não apenas o valor, mas também os juros — que podem facilmente virar uma bola de neve de dívidas.
E, apesar de não existir um valor exato para a reserva de emergência o ideal é que você tenha de 6 a 12 meses do seu custo de vida guardado. Ou seja, se seu custo de vida mensal é de R$ 3 mil, você precisará ter algo entre 18 e 36 mil guardado na reserva de emergência.
Como funciona a reserva de emergência
Como a ideia central é reservar um valor para momentos de extrema necessidade, a reserva de emergência precisa estar em um local com três características:
Liquidez
É a capacidade de transformar algo em dinheiro. Em outras palavras, você precisa conseguir sacar o valor com facilidade, preferencialmente no mesmo dia ou, no máximo, no próximo dia útil.
Segurança
De nada adianta ter o dinheiro investido com liquidez se existe chance de você perder seu dinheiro. Então, já pode descartar a opção de “deixar de baixo do colchão”. Visto que, ao guardar dinheiro físico, você está perdendo o seu valor de compra para a inflação e corre o risco de ficar sem o dinheiro por “n” motivos.
Rentabilidade
Para não perder o poder de compra, o dinheiro precisa ser rentabilizado. E nessa hora, muitos pensam na poupança, porém, a poupança é uma péssima opção de investimento devido a sua regra de rentabilidade.
Fazendo assim, com que o seu dinheiro renda menos que o CDI — a taxa de juros utilizada entre os bancos e que acompanha a Taxa Selic, taxa básica de juros aqui no Brasil.
Nesse sentido, para evitar que isso aconteça, você precisa investir em um título de renda fixa ou fundo de investimentos que renda, no mínimo, 100% do CDI.
Mas afinal…
Onde investir a reserva de emergências
Apesar de existirem outras opções no mercado, as três melhores opções atualmente, são:
Fundo DI
Um Fundo DI, é um fundo de investimento que aloca seu capital, majoritariamente, em títulos públicos (Tesouro Selic, Tesouro Pré e Pós-Fixado, etc.). Entregando assim, uma rentabilidade igual ou superior ao CDI.
Todavia, é importante ficar atento aos Fundos DI que você escolher investir. Até porque, não são todos iguais, cada fundo possui uma taxa de administração, rentabilidade, e prazo de liquidez. Então, opte por fundos que rendam 100% ou mais do CDI e que tenham prazo de liquidez mais baixo, no máximo, D+2.
CDB de liquidez diária
Outra opção para a reserva de emergência são os CDBs (Certificado de Depósito Bancário) de liquidez diária, isto é, que permitem que você retire o dinheiro com mais agilidade, normalmente, no mesmo dia (D+0).
E, diferente dos Fundos DI, o CDB é um título de renda fixa, ou seja, você está emprestando seu dinheiro para alguém. No caso do CDB, você empresta seu dinheiro para o banco e em troca, recebe o valor que foi emprestado com juros, normalmente, igual ou superior a 100% do CDI.
Além disso, o CDB é coberto pelo FGC (Fundo Garantidor de Credito), evitando assim que você perca seu dinheiro ou parte dele. Cobrindo assim, um valor de até R$ 250 mil por CPF ou CNPJ caso o Banco encerre suas operações, venha a falir, etc.
Tesouro Selic
Por fim, chegamos ao Tesouro Selic que, assim com o CDB, é um título de renda fixa. Porém, com a diferença que você estará emprestando seu dinheiro para o Governo e em troca, receberá o valor com juros. E como o Tesouro Selic acompanha a Taxa Selic (taxa básica de juros), você nunca vai receber menos que o CDI.
Diferente do CDB, o Tesouro Selic não conta com a cobertura do FGC. Até porque, quem garante o investimento feito é o próprio Governo, e para você não receber de volta, precisaria de, literalmente, o país inteiro quebrar antes.
E para acessar qualquer um desses investimentos, basta procurar na seção de investimentos do seu banco ou utilizar uma corretora de valores de sua preferência. As principais e mais utilizadas, são:
- Rico;
- Warren;
- NuInvest;
- Banco Inter;
- Clear Corretora.
Conclusão
Montar a reserva de emergência não é apenas um passo para se prevenir contra imprevistos, mas também é um passo em direção a sua independência financeira. Visto que, tendo a reserva de emergência pronta, você pode começar a estudar sobre investimentos de renda fixa e variável e investir melhor seu dinheiro, podendo assim, se aposentar e viver apenas dos rendimentos dos investimentos.
Então, até o próximo post!
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