Com certeza você já viu alguma pintura “perfeita” com lápis de cor, sem manchas ou “pontinhos brancos” não é mesmo? E se eu te dizer que existem alguns segredos para deixar a pintura assim? Se você ficou curioso para saber quais são, então leia o post até o final que eu vou te contar os Segredos da Pintura Uniforme com Lápis de Cor.
Importante: esse conteúdo também está disponível em vídeo, confira:
Os Segredos da Pintura Uniforme
Primeiramente, é preciso entender porque o lápis colore o papel. E para isso, precisamos analisar sua composição, que se resume a pigmento e cera. Sendo que, a quantidade de cera é o que define a rigidez do lápis.
Em outras palavras, quanto menos cera o lápis tiver, mais macio ele será e vice-versa. Vale ressaltar que quanto mais macio o lápis for, mais fácil será para mesclar cores, criar degradês, etc.
Contudo, o principal nesse processo todo é o papel e sua “superfície”. Que apesar de muitas vezes vir especificada como “lisa”, nem de longe é lisa. Mas não conseguimos distinguir tão bem a olho nu, sendo necessário um microscópio para vermos.
Com ele, é possível perceber que a superfície do papel (mesmo o mais liso) é porosa (similar a foto ao lado). E é justamente essa porosidade que permitirá o pigmento “fixar” no papel, junto é claro com a cera do lápis. Agora, vamos aos segredos para uma pintura uniforme.
Ponta do Lápis.
O primeiro dos segredos para uma pintura uniforme é a ponta do lápis. Quanto mais fina ela estiver, mais fácil será para o pigmento fixar na folha, não deixando assim, tantos pontos brancos.
Mas vale destacar, que dependendo da forma que o lápis for apontado, ele ficará danificado. Um bom exemplo disso é o apontador, se a qualidade do apontador for ruim, comprometerá toda mina. Então, escolha sempre um apontador de qualidade (de mesa se possível) ou utilize um estilete.
Movimento
Assim como a ponta do lápis, o movimento do lápis ao pintar faz muita diferença. Então, escolha um sentido para pintar e continue até preencher a área toda. Mude de direção somente após preencher toda a área, isso facilitará para que a pintura fique uniforme. Se preferir, faça movimentos circulares até preencher toda a área.
Pressão
Um dos fatores mais importantes na hora de pintar é a pressão aplicada no lápis. Visto que, se você aplicar muita pressão, não conseguirá mesclar cores, fazer degradês e pode até rasgar a folha. Semelhantemente, se a pressão aplicada não for suficiente, o resultado final será de uma cor “apagada”, sem vida.
Todavia, saber controlar a pressão aplicada no lápis é uma questão de treino (muito treino). Então pratique fazer degradês e mesclas de cores até conseguir controlar completamente a pressão do lápis.
Outro fator que influência diretamente na pressão aplicada é a forma de segurar o lápis. Afinal, é mais fácil aplicar uma maior pressão segurando na ponta do que no meio do lápis. Só que a maneira de segurar o lápis também afeta a precisão. Em outras palavras, se você segurar no meio do lápis para colorir, sentirá a mão mais “leve” do que segurando na ponta, porém não conseguirá ter total precisão e vice-versa.
Lápis de Cor Branco
Ao passo que utilizar as técnicas citadas acima ainda podem deixar alguns “pontinhos brancos”. Temos o lápis branco que auxilia a remover praticamente por completo os pontos brancos ou manchas que ficaram no desenho. Além disso, o lápis branco ajuda a suavizar as cores de modo geral.
Porém, se você forçar muito o lápis branco, ele deixará uma mancha esbranquiçada, afinal, é um lápis com pigmento branco. Contudo, o lápis branco pode ser uma excelente opção ao blender.
Lápis Blender
Por fim, chegamos ao material mais importante para deixar a pintura “perfeita”, o blender. Que nada mais é do que um lápis, com composição parecida ao convencional, mas sem pigmentação. E sua função é bem simples, deixar a pintura mais homogênea, eliminando as manchas e pontos brancos.
Além disso, o blender vai ajudar (e muito) a preservar o restante dos seus lápis. Visto que, mesmo a folha estando pouco pigmentava, o blender deixará a pintura mais “viva” e homogênea, poupando (e muito) a mina dos seus lápis.
Mas vale ressaltar que o blender pode não ser tão acessível, seja por sua disponibilidade (papelarias) ou mesmo o valor. Ainda sim, se pararmos para pensar em lápis profissionais (Prismacolor, Polycrhomos, Caran d’Ache, etc) o blender torna-se indispensável, visto o preço dos lápis em si.
12 Comentários
ótima publicação, muito interessante
Fico feliz que tenha gostado 😁
Obrigado pelas dicas!
Olá Nanci, fico feliz em ter ajudado!!
muito obrigado pelos concelhos gostei muito! 😁😄😊
Eu que agradeço pelo feedback xD
Obrigada, gostei das dicas.
Olá Maísa, tudo bem?
Eu que agradeço pelo feedback 😉
Adorei a matéria. Didática e informativa.Faco trabalhos com lápis de cor. Muitas informações úteis. Valeu.
Olá Glória, tudo bem?
Obrigado pelo feedback 🙂
gostei muito das dicas
Olá Manu, tudo bem?
Fico contente que tenha gostado das dicas 🙂